Na sociedade predadora de investimentos

Então Ulrich inicia o seu safari financeiro na antiga colónia portuguesa…

O Banco BPI S.A. tem conexões com os Dos Santos desde a criação da Sociedade Portuguesa de Investimentos, em 1981 (1), segundo revelam documentos do “Luanda Leaks”.
No verão de 2017 o Banco BPI S.A., demasiado “exposto” à corrupção que em Angola era manifestamente activa e visível, lavou as suas mãos das várias relações financeiras que mantinha com os accionistas Dos Santos.
A negociata bancária que envolveu os inquietantes 2% do BPI correu muito bem e provocou grande alarido na comunicação social e nos meios financeiros da Europa e África. Nesse mesmo ano Fernando Ulrich foi o banqueiro mais bem pago de Portugal, e Isabel dos Santos, a sua partner, a mulher mais rica de África.
Estavam feitos um para o outro.
O Banco BPI S.A. é um predador do investimento por natureza… Encheram o papo durante mais de dez anos em Angola, desde 2008 [“BPI já encaixou 1,3 mil milhões com Banco de Fomento de Angola desde 2008”, in publico.pt] … o ano em que a crise financeira internacional, causada pela queda do Lehman Brothers, obrigou as grandes sociedades de investimento a procurar outras paragens. Então Ulrich inicia o seu safari financeiro na antiga colónia portuguesa… onde uma jovem empreendedora, por mero acaso filha do presidente, iniciara há mais de uma década a sua carreira de grande investidora, a vender ovos.

Uma jovem empreendedora, por mero acaso filha do presidente.

… /Muito investimento e muita “lavagem”, como preconizou Ana Gomes, muito antes de surgirem as revelações “ilegais” de Rui Pinto, divulgadas pelo International Consortium of Investigative Journalists, onde consta a presença de “Isabel dos Santos” logo em 1981.
… /A lança de Ulrich em África está certamente manchada pelo sangue do povo Angolano, depauperado pelos cleptocratas africanos, accionistas da famigerada sociedade predadora de investimentos, que deu origem ao primeiro banco privado português, pós revolução de 25 de Abril de 1974.
… /A “exposição” a Angola, acompanhado pelo BCE, acabou por ditar o fim do o percurso de Ulrich, que dirigiu a primeira sucursal da SPI em Lisboa, e o Banco BPI S.A. acabou nas mãos da sua nova “dona”, liberto já da incómoda presença da Rainha Africana.